O que você acha de uma planta capaz de diminuir a fome sem causar efeitos colaterais?
A redução do apetite é muito importante na luta contra a balança.
E de acordo com um novo estudo, podemos estar um passo mais perto dessa realidade.
Os pesquisadores encontraram um composto que pode inibir a fome.
Talvez você não saiba, mas a obesidade ainda afeta milhões de pessoas, principalmente no mundo ocidental.
As causas são inúmeras: metabolismo lento, problemas psicológicos, sociais, genéticos, tipo de alimentação, consumo de remédios químicos…
Portanto, se houvesse uma droga simples e econômica que reduzisse o apetite com segurança a longo prazo, isso seria um grande milagre na vida de muita gente.
Pesquisadores da Helmholtz Zentrum München, na Alemanha, acreditam que podem ter encontrado o que tanto esperavam.
De acordo com o autor do estudo, doutor Paul Pfluger, os médicos muitas vezes pedem às pessoas com obesidade que percam de 5% a 10% do seu peso corporal a cada ano, mas isso raramente é alcançado.
Só quem sofre com distúrbio alimentar sabe o quão grande é o desafio.
O composto-chave, para esta pílula se tornar realidade em muitas famílias, vem de uma planta medicinal chinesa.
Ele está sendo chamado de celastrol e é produzido a partir de extratos da planta conhecida como “trovão” (Tripterygium wilfordii), que é nativa do sul da China.
Ao longo dos anos, essa planta foi testada como um tratamento potencial para câncer e artrite reumatoide.
No entanto, só em 2015, seu potencial para tratar a obesidade foi examinado pela primeira vez.
Os cientistas descobriram que, em ratos obesos, compostos extraídos da “trovão” ativavam os centros de saciedade, ou áreas do cérebro que nos dizem que estamos saciados, “desligando” a fome.
O estudo mais recente a analisar o celastrol e o seu impacto na obesidade está publicado na revista Diabetes.
Entenda o que acontece: o tecido adiposo, ou gordura corporal, libera um hormônio chamado leptina.
Quando se liga e ativa os receptores de leptina, desencadeia uma sensação de estar cheio. Algumas pessoas se tornam resistentes à leptina.
Isso significa que, embora a substância química ainda esteja presente no sangue e na gordura, ela não causa mais a mesma sensação de saciedade, levando a excessos e obesidade.
O doutor Pfluger disse que a administração do celastrol nos ratos de laboratório resultou em um consumo muito menor de alimentos.
Agora é esperar a pesquisa ser feita em humanos.
Segundo os cientistas, os efeitos provavelmente serão os mesmos.
Eles explicam que o sistema de leptina em camundongos é quase idêntico ao dos seres humanos.
Então é justamente isso que dá aos cientistas a quase certeza de terem descoberto um grande aliado contra a obesidade.
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